sábado, 18 de maio de 2013

Review-A Morte de Jean DeWolff





Muitos marvetes brasileiros, mesmo não tendo o aranha como seu personagem favorito, já devem ter garantido o encadernado desse arco maravilhoso, a primeira grande obra de Peter David.


São dois arcos, que foram publicados na segunda metade da década de 80. O primeiro, publicado em Peter Parker, the Spectacular Spider-Man 107 a 110, com arte de Rich Buckler e o segundo, nas edições 134 a 136, com arte de Sal Buscema.

As histórias têm um ar um pouco pesado, influenciadas pela grave crise econômica que os EUA estavam passando na época.



O interessante dessa história foi ver como o aranha pode se descontrolar e tomar atitudes que chegam a ser contra seus próprios princípios devido a morte de uma pessoa próxima, no caso, a Jean DeWolff. Ou devido a morte de um civil numa luta dele, a segunda vítima do devorador, o que faz o aranha se sentir culpado. 

O aranha, mesmo não concordando em matar assassinos, quando amigos/parentes seus são vítimas, e/ou ele não pôde impedir, chega a perder a consciência e o controle do seu poder.
Quando  impede que o verdadeiro Devorador de Pecados, Stan Carter mate a Betty Brant, o aranha o espanca, jogando toda sua raiva pra fora. Se o demolidor não tivesse chegado a tempo de conter o aracnídeo, Carter teria morrido. Porém, ele foi preso.



No segundo arco, a liberdade de Stan está nas mãos de um grupo de psiquiatras, onde apenas um deles é a favor. Sua explicação foi que quando Carter ainda era agente da SHIELD, foi voluntário de uma experiência que supostamente aumentaria a força e resistência humana. Porém, isso o deixou com sérias sequelas. E a morte do seu colega de polícia, que veio a seguir, foi a gota d'água para que ele entrasse em depressão e perdesse a consciência.
E é aí que o papel do Demolidor, Matt Murdock ganha destaque. Ele, como advogado, sabe como lidar com esse tipo de situação e concorda com a liberdade de Stan.

Já o teioso acha que por ele ser um assassino, não merece uma segunda chance (repetindo que a morte da Jean e do civil o influenciou neste pensamento).
Voltando ao primeiro arco, quando alguns cidadãos se unem para atacar o Devorador de Pecados, o aranha estava apenas assistindo ao "show" para descolar algumas fotos. Mas quando o Demolidor chega para defender Carter, também é atacado e isso faz com que Peter lembre das perdas que já teve e não conseguiu impedir: Tio Ben, Gwen Stacy, Catitão Stacy e, recentemente, a Jean. Então, ele salva os dois.
Descobrindo que ele o deixou com algumas sequelas ao batê-lo, o aranha  se sente culpado.





Esse tema é bem legal para ser discutido, porque é polêmico, envolve direitos humanos e pode ter diversas opiniões diferentes, tanto a favor quanto contra.
E acho que foi isso que me chamou atenção. Pretendo cursar Direito (apesar de ainda estar em dúvida entre este curso e Relações Internacionais. E do fato que no ano passado estava mais para a área de saúde) e essa história é muito ligada ao que é aprendido neste curso.
Mas claro que ela possui muitas outras coisas interessantes, como a participação do Elctro, a reação da Betty ao ver a fúria do aranha, a ligação de Carter com a Jean e a participação da Mary Jane, que há pouco tempo havia se casado com Peter e estava se acostumando com a vida heroica dele.

Com certeza é uma das maiores obras de Peter David e umas das histórias mais marcantes do aranha. Caso ainda não tenha comprado, faça um favor a si mesmo e corra até uma banca, livraria ou acesse alguma Comic Shop e garanta já seu exemplar.


"Matei Jean DeWolff... Porque Quis."

2 comentários:

  1. Parabéns cara! Boa sorte com seu curso!
    Ótima matéria sobre a morte dessa personagem que nunca tinha ouvido falar direito!

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